Engajamento e significativos de adolescentes e jovens na programação em saúde sexual e reprodutiva: Um guia de estratégico
O objetivo deste Guia de Estratégico é apoiar gerentes, planejadores e tomadores de decisão de programas através de um processo estratégico para engajar e criar parcerias com adolescentes, jovens e/ou organizações lideradas por jovens de maneira significativa e efetiva em programas e iniciativas de saúde sexual e reprodutiva.* O engajamento e as parcerias significativos de adolescentes e jovens são definidos como uma “parceria intencional, mutuamente respeitosa entre adolescentes, jovens e adultos, pela qual o poder é compartilhado, as contribuições respectivas são valorizadas, e as ideias, perspectivas, qualificações e pontos fortes das pessoas jovens são integradas no projeto e na entrega de programas, estratégias, políticas, mecanismos de financiamento e organizações que afetam suas vidas e suas comunidades, países e o mundo.”1 O engajamento e as parcerias significativos de adolescentes e jovens é um direito dos adolescentes e jovens2 e pode melhorar a qualidade e a responsividade aos programas e políticas de saúde sexual e reprodutiva, levando a melhores resultados de desenvolvimento.3
Como ilustrado na Escada de Participação de Hart (Figura 1),4 a participação de jovens varia desde nenhuma participação ao verdadeiro engajamento ou parceria jovem. Este guia concentra-se nos degraus 4 a 8 da escada. “Engajamento de jovens” refere-se aos degraus 4 a 6 e “parceria com jovens” refere-se aos degraus 7 a 8, quando jovens recebem papéis de liderança e poder, e a tomada de decisão é compartilhada equitativamente com não jovens.**
Este Guia de Estratégico usa uma definição de “jovens” que inclui todas as pessoas jovens de 10 a 29 anos.5 “Organizações lideradas por jovens” refere-se a organizações primariamente lideradas por pessoas jovens abaixo dos 30 anos de idade. Esta ampla faixa de idades reflete a linha de tempo para transição da infância à idade adulta, que difere ao longo de contextos e está intencionalmente selecionada para incluir organizações lideradas por jovens. É crucial observar que há estágios de desenvolvimento diferentes, assim como necessidades diversas dentro desta faixa etária e então o engajamento significativo de adolescentes e jovens deve ser customizado de acordo com isso.6
Este Guia da planeamento Estratégico pode ser usado em conjunto com outros resumos de Práticas de Grande Impacto (PGI) e Guias de planeamento Estratégico para facilitar o engajamento e as parcerias significativos de jovens em projeto, implementação e monitoramento de programações de saúde sexual e reprodutiva para jovens e na entrega de Serviços Contraceptivos Responsivos entre Adolescentes. Para engajar e criarparcerias significativas com adolescentes e jovens, use os passos delineados abaixo. O processo de engajar e fazer parcerias significativas pode e deve ser iterativo, com passos-chave sendo revisitados ao longo de todo o processo.
* Não jovem é utilizado ao longo deste documento para referir-se a todas as pessoas acima de 30 anos em vez de adultos, para assim negar a infantilização de pessoas jovens e o entendimento de que pessoas jovens também podem ser adultas.
** O Guia de Estratégico foi desenvolvido por uma organização liderada por jovens e está informado por cinco consultas regionais (em diferentes línguas) com adolescentes e jovens, assim como com doadores e não jovens que trabalham em saúde sexual e reprodutiva. O Guia também se baseia em revisões das evidências de estratégias de engajamento significativo de adolescentes e jovens.
Passo 1: Prepare sua instituição, projeto ou iniciativa para se engajar e unir-se em parcerias significativas com jovens.
Faça uma análise interna. Avalie os valores de sua instituição, projeto ou iniciativa, políticas, estruturas e maneiras de trabalho existentes para verificar a disponibilidade institucional para engajar-se e unir-se em parcerias significativas com adolescentes e jovens. Compreenda e analise as dinâmicas de poder existentes que possam limitar oportunidades para o verdadeiro engajamento e emparceiramento. Forme uma equipe que inclua jovens e utilize ferramentas como o Youth Programming Assessment Tool YPAT) para determinar a disponibilidade e identificar melhorias.
Crie um plano de ação e mude políticas, sistemas e processos. Utilizando os resultados da análise, crie um plano de ação priorizando mudanças centrais necessárias para abordar os desequilíbrios de poder e crie um ambiente acolhedor e equitativo para o engajamento e as significativas com adolescentes e jovens. Abaixo há uma lista de práticas e políticas que instituições, projetos e iniciativas devem considerar realizar para facilitar o engajamento e as parcerias significativas com adolescentes e jovens.
- Atualize valores institucionais e individuais para reconhecer diferentes jovens como especialistas em vez de beneficiários de serviços e intervenções. Os jovens saberão compartilhar melhor o que é necessário para eles.
- Implemente políticas de salvaguarda particularmente para populações jovens vulneráveis, para protegê-los de assédio, exploração e abuso e possibilitar engajamento e parcerias seguras. Ofereça múltiplos canais anônimos (p. ex., linhas diretas, comunicação online) para oferecer aos jovens diferentes acessos tecnológicos para relatarem quaisquer violações de políticas.
- Recrute e apoie jovens em posições de gerenciamento e liderança. Isso pode ser feito ao se ajustar exigências educacionais ou profissionais para abertura de vagas de empregos, oferecendo estágios remunerados e bolsas com valores capazes de sustentá-los e assegurando aos jovens representação em conselhos.
- Cultive um ambiente seguro para permitir que os jovens se manifestem confortavelmente e abertamente ao, por exemplo, limitar o uso de linguagem técnica e jargão, assegurando que a informação seja clara.
- Implemente políticas, sistemas e processos que facilitem o engajamento de jovens, tal como sistemas de pagamento que permitam desembolsos frequentes para assegurar que os jovens sejam compensados por suas contribuições, provisão de equipamento necessário para o engajamento (p. ex., laptops, celulares, pacotes de dados) e horas de trabalho flexíveis para acomodar a disponibilidade dos jovens.
- Desenvolva ou revise exigências e processos governamentais para organizações lideradas por jovens. Por exemplo, agências governamentais podem reduzir os tipos de exigência necessários para organizações lideradas por jovens registrarem e operarem em um país, especialmente exigências que tenham implicações financeiras.
- Desenvolva e utilize mecanismos de financiamento rápidos e flexíveis para organizações lideradas por jovens e minimize exigências de relatórios. Ofereça recursos irrestritos para o apoio a necessidades gerais de organizações lideradas por jovens.
Passo 2: Determine jovens engajar e os mecanismos de engajamento e parceria procurem.
Determine quais jovens engajar. Baseado no propósito e mecanismos pretendidos de (Quadro 1), a população jovem para engajar. Na maioria dos casos, a população jovem que você engaja e faz parcerias têm características semelhantes aos jovens que você planea alcançar através do programa ou iniciativa. Desenvolva critérios para selecionar jovens e/ou organizações lideradas por jovens com os quais se engajar ou fazer parcerias, divulgue um chamado para jovens ou organizações lideradas por jovens baseado no critério desenvolvido e convoque um comitê de seleção para determinar que jovens e/ou organizações lideradas por jovens engajar com base no critério desenvolvido.7 Assegure a diversidade e complexidade das identidades dos jovens, incluindo onde eles moram, seus status de residência e imigração, a língua que falam, status socioeconômico, status educacional, estado civil, status de filiação, identidade de gênero e sexual; que capacidades e deficiências serão levados em consideração nos critérios de seleção e também o modo como você divulga o chamado para participação e processo de seleção. Pode haver necessidade de realização de ajustes na divulgação para que sejam incluídos públicos com má alfabetização, acesso limitado à internet e com restrições de tempo.
- Liderança juvenil em projetos de pesquisa, trabalho de campo, análise de dados e divulgação de resultados de pesquisa sobre saúde sexual e reprodutiva.
- Cocriação com jovens de estratégias de mudança social e comportamental e criação de conteúdo a ser usado em estratégias de mudança social e comportamental (p. ex., conteúdos digitais).
- Organizações lideradas por jovens servem como parceiros fundamentais, financiados em uma equipe de projeto responsável por liderar atividades e iniciativas específicas.
- Jovens com papéis de liderança no projeto e implementação de programa (p. ex., trabalhar como líderes de pequenos grupos, moderadores de programas de rádio, e outros).
- Jovens trabalhando como membros de equipe como gerentes de programa ou de orçamento.
- Jovens liderando a defesa e responsabilização social para manter tomadores de decisão responsáveis por atender necessidades e direitos de jovens em saúde sexual e reprodutiva.
- Jovens trabalhando em estruturas de tomada de decisão, tais como jovens ocupando posições em comitês gestores e conselhos consultivos.
- Jovens cocriando declarações de missão da organização e planos estratégicos que priorizam o engajamento de jovens.
Crie o escopo, propósito e mecanismos para engajar e criar parcerias junto com os jovens. Há muitas maneiras de se engajar e criar parcerias com jovens enquanto indivíduos, grupos e organizações lideradas por jovens (Quadro 1). Este processo leva tempo, então engaje os jovens cedo para definir objetivos compartilhados e necessidades prioritárias e estabeleça a estrutura e resultado pretendido para o engajamento de jovens. Assegure que os mecanismos de engajamento e emparceiramento com jovens sejam customizados para os diferentes estágios de desenvolvimento dos jovens envolvidos.
Passo 3: Implemente o engajamento e o emparceiramento com jovens.
Estabeleça um acordo por escrito e formalize o engajamento e emparceiramento. Desenvolva contratos, memorandos de entendimento ou termos de referência detalhados que definam compensações financeiras ou não financeiras, responsabilidades, políticas governamentais ou de doadores relevantes e resultados produzidos para assegurar entendimento mútuo de expectativas entre os parceiros. Encaminhe jovens a recursos pro-bono externos ou forneça meios financeiros para ajudá-los a revisar e entender os termos dos acordos contratuais. Quando buscar emparceiramento ou engajamento com jovens vulneráveis ou muito jovens, envolva seus pais ou guardiões conforme for adequado.
Negocie compensação justa com os jovens em reconhecimento por suas contribuições. Forneça compensação financeira pelo tempo dos jovens. Conjuntamente com os jovens, estime o número de horas e dias de trabalho que as diferentes atividades e resultados produzidos vão demandar até sua consecução. Encaminhe jovens a um especialista ou porta-voz que possa oferecer orientação sobre compensação justa e o nível adequado de esforços necessários para realizar as atividades. Combine remuneração por hora/custo por resultado produzido conforme as médias de remuneração do mercado. Em casos em que a compensação monetária não for adequada em razão de restrições legais ou outras de contexto específico, permita que os jovens decidam sobre formas alternativas de compensação.
Ofereça desenvolvimento contínuo de aptidões aos jovens e não jovens que participam do engajamento e emparceiramento. Propicie autoanálises formais para apoiar jovens e não jovens a identificar suas necessidades de desenvolvimento de aptidões, desenvolva planos de ação para propiciar o monitoramento do desenvolvimento de aptidões ao longo do tempo e utilize diversas metodologias de desenvolvimento de aptidões em vez de apenas treinamentos únicos. O desenvolvimento de aptidões para jovens pode variar entre treinamento em gerenciamento financeiro; orientação sobre leis e políticas locais; fornecimento de amostras de políticas organizacionais para adaptar e adotar; mentoria para desenvolver estratégias de promoção da diversidade, equidade e inclusão; ou recomendações sobre como conduzir uma consulta virtual. Para não jovens, o desenvolvimento das aptidões poderia incluir esclarecimento de valores em torno do valor de emparceiramentos com jovens, como obter a melhor mentoria com jovens, estratégias para engajar jovens de contextos diversos e promover estratégias de equidade e compensação adequada para jovens e o desenvolvimento positivo de jovens.
Garanta a construção de confiança e o aprendizado contínuo. Construa em cima de oportunidades de interação frequente entre jovens e não jovens para fomentar confiança e respeito pelas contribuições de jovens, compartilhe experiências e conhecimento e identifique conjuntamente e responda quaisquer ajustes necessários à medida em que a parceria se desenvolve.
Passo 4: Monitore, meça e seja responsabilizável.
Monitore e avalie o engajamento e emparceiramento significativos de jovens. Junto com os jovens, crie indicadores e marcos centrais que meçam o processo, qualidade e efetividade do engajamento e emparceiramento. Isso pode incluir indicadores que monitorem a extensão do engajamento e participação significativos de acordo com a Escada de Hart, a qualidade das relações entre jovens e não jovens, a diversidade dos jovens engajados, os níveis de compensação e financiamento fornecidos aos jovens, a aplicação de princípios do emparceiramento e o progresso em torno dos resultados produzidos acordados. Desagregue indicadores por idade, gênero, etnia, deficiência e outras variáveis centrais. O Quadro 2 inclui exemplos de indicadores a se considerar. Sistematicamente revise dados de monitoramento juntamente com jovens e adapte as práticas de engajamento e emparceiramento para responder às lacunas e oportunidades identificadas através de dados.
Estabeleça mecanismos de responsabilização. Crie estratégias de responsabilização, tais como cartões de escore (scorecards) ou pesquisas anônimas através das quais jovens se tornem responsabilizável. Assegure que não jovens tomem ações adequadas para abordar feedbacks e melhorem a qualidade do programa, assim como o nível e qualidade da participação jovem.
- Número/percentual (%) de jovens envolvidos na criação de materiais e implementação de atividades
- Número/percentual (%) de papéis de liderança exercidos por jovens
- Número/percentual (%) de jovens que declaram que suas vozes são escutadas e valorizadas
- Sessões de feedback e aprendizado regulares e oportunas mantidas com parceiros jovens
- Número/percentual (%) de participação composta por jovens em comitês, grupos de trabalho ou forças-tarefa
- Número/percentual (%) de líderes comunitários que adoptam e implementam recomendações de políticas produzidas por jovens
Passo 5: Sustente o engajamento e parceria com os jovens.
Planee relacionamentos de longo prazo com jovens em vez de engajamentos de ocasião. Planeje relacionamentos de longo prazo ao antecipar desafios centrais para sustentar o engajamento e implementação de estratégias de modo a mitigar aqueles desafios. Por exemplo, os jovens envelhecem e é essencial que haja critérios claros para quando jovens devam sair do mecanismo de engajamento, assim como um plano estabelecido de liderança e transição para apoiar a saída progressiva de jovens que trocam de fase e o engajamento de novos jovens. Antecipe e crie oportunidades para manter jovens engajados depois que uma iniciativa específica termina, tal como o desenvolvimento de redes de ex-participantes, fornecimento de oportunidades para jovens assumirem papéis de liderança em iniciativas futuras e o apoio a jovens para se conectarem com outras iniciativas que estiverem acontecendo na área. Finalmente, dependendo das metas da instituição ou programa, formar uma parceria com uma organização liderada por jovens que transcenda iniciativas específicas pode aprimorar a sustentabilidade e mitigar alguns destes desafios comuns ao emparceiramento significativo de jovens, desde que a organização tenha uma política clara em ação para a transição de lideranças à medida que os jovens amadurecem.
Agradecimentos
Este documento foi originalmente esboçado por Alan Jarandilla Nuñez, Fila Magnus, Lara Estephan, Callie Simon e Meroji Sebany. Adicionalmente, as seguintes pessoas ofereceram revisões críticas e comentários úteis: Bridget Adamou, Maria Carrasco, Tina Ego, Jennifer Gayles, AliciaMarie Hurlburt, Cate Lane, Shawn Malarcher, Rogers Masaba, Precious Njerere, Nathalie Nkoume, Erin Portillo, Laura Raney, Elaine Rossi, Diana Santillan, Emily Sullivan, Amy Uccello, Stanley Uche e Cory Wornell.
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Para engajar-se com as PGIs, visite: https://www.fphighimpactpractices.org/engage-with-the-hips/
As Parcerias PGIs representam uma parceria diversa e orientada por resultados, abrangendo uma grande variedade
Anexo: Recursos Adicionais
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